Triste Outono do meu sentir

Nas ruas, tombam as folhinhas

Leves, soltas e livres

Voando nos ventos que adivinham

Pego nas tintas e no meu pincel

Coloco a tela no cavalete

Dou uns traços de tinta

Sinto que não sou capaz

Retratar o belo Outono

Olhos perdidos sem destino

No tempo e no espaço

Ruas cobertas de folhas mortas

Como a minha alma se sente

Despida de sentimentos

Onde nada já toca e enternece

Na réstia de uma breve esperança

Que tudo morre e renasce

Tudo se renova com mais um dia

As flores florescem e morrem

As folhas caem e servem

De leve alimento a terra

Mas sempre dando força

A terra mãe e sua natureza

Nos amores que nascem e morrem

Nas águas que correm os seus cursos

Sempre na sua direcção do seu destino

Por isso pobre pintor retrata

Tingindo a tela de belas tintas

Nos tons castanhos de vários tons

Deixando imortal a minha visão

Que tudo morre e tudo renasce

Neste Outono do meu breve existir...

Betimartins
Enviado por Betimartins em 22/09/2007
Código do texto: T663155
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