ESPERANÇA
As coisas existem porque eu existo.
Porém, para que isso seja verdade,
Necessito que o outro possa me notar
E eu perceba, estou sendo tocado ou visto.
Se eu não existisse a eternidade,
Nada existiria nesse habitar,
Não teria consciência de ser.
Não haveria saudade nem lembrança.
Graças à alma gêmea de minha alma,
Moto contínuo do meu viver,
Que é a Bendita ESPERANÇA,
Quem me anima, acalma,
E aviventa minha existência.
Cônscio da notação, penso...
E é o instante que estou desperto.
Minuto seguinte, posso não ter consciência,
Se ainda, estarei neste espaço imenso.
Para o tempo que se segue, ao certo,
Terei tão somente ESPERANÇA,
Minha companheira multicolorida,
Espontaneamente possibilita-me crer,
Que no dia seguinte haja bonança,
Alegria, os amigos, familiares, a lida,
Se, noutra dimensão, continuarei a ser.
Logo, se acabar a ESPERANÇA,
Perde-se o sentido da vida!
J. Barsanulfo Nery