Atenta e forte

Em um mundo

Onde muito se fala em sororidade

E não se dá as mãos

O suficiente

Saímos perdendo.

É difícil.

É gradual.

É cultural.

Mas, é urgente.

É para agora.

É para ser possível.

Não existe espaço só para explicar.

Acredito que muito já se explica

Ainda que não o bastante, especificamente,

Como se deveria.

As mulheres somos nós.

O feminino incomoda a fragilidade - bem alto.

Assédio, silêncio, julgamento.

Eu sei e a outra sabe também.

Eu estendo a minha mão.

Alcanço o seu pensamento.

Faço questão de ouvir sua voz.

Nunca estaremos sós.

Dou meu abraço e acalento.

Ou apenas escuto seu sofrimento.

Nunca estivemos tão fortes.

Isso é só o começo.

Não quero pertencer

A toda essa opressão que nos impuseram.

Quero estar fora do eixo e escutar

O que várias não disseram - por medo.

Aqui não tem competição.

Quero tanto o seu bem como o meu próprio.

“Lutar para sobreviver” não pode mais ser.

Sou humana, mulher como você - direito.

Conte comigo.

Mariane Amaral
Enviado por Mariane Amaral em 18/03/2019
Código do texto: T6600652
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