Fevereiro

Dói ouvir as folhas caírem

E saber que não é outono

Escuta.

Tenho que me desprender

Para renovar

E não é fácil desprender-se que do me alimenta.

O vento sopra forte e insistente.

Vou ao chão em queda livre.

Pisam-me enquanto rastejo para um canto qualquer.

Dói ficar parada no tempo quando o vento sopra frio.

As forças das tempestades tentam me empurra para o bueiro. Para o buraco da solidão.

Mas, não posso. Não quero .Há vida aqui fora mesmo que rastejando. Eu sinto que há.

Há um pequeno corte, um fio de navalha...sangra.

Mas, o sangue pulsa. Há vida no sangue, há vida no asfalto e na terra molhada do sertão.

Voa folha seca ,corre para longe de ti.

O vento persegue..

E o verão está a milhas de distância.

Cristina Rodrigues dos

16/02/2019

Sigam_meosbonss
Enviado por Sigam_meosbonss em 18/02/2019
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