O rio do sonho

Em suas águas calmas,

O sonho e o desejo se confundem.

Dentro deste barco, deixo apenas a alma,

Quando resto já afundou.

Na sua correnteza,

Desesperos, alegrias, e prazeres

[escapam-te da certeza]

Quando cessar de ti o anseio

Tua força sempre nos contornará.

Por entre suas marolas,

As mentes mais frágeis se embolam,

Os corações mais frios ignoram,

As forças pluviais deste altar.

Está na hora de apear-me da viagem,

Da terra já não se escuta minhas lamúrias.

Peço para o grande rio do sonho:

-- leve-me a lugar mais solene?

Pará de lá poder gritar.

André M Carneiro
Enviado por André M Carneiro em 04/02/2019
Reeditado em 04/02/2019
Código do texto: T6566912
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