Eu tenho
Na pior guerra da pior cruzada,
Em mortes e mortes de neurônios para respostas meramente redundantes,
No maior atrito térreo de movimento de mente parada,
Estar relutante de si mesmo se deliciando de pensamentos constantes,
Eu tenho egoísmo suficiente pra encher uma piscina de lama que me sufoca,
Eu tenho raiva suficiente pra ser uma corda expressamente grossa que me enforca,
Eu tenho sentimentalismo suficiente que seria a arte do iluminismo de graça que vos toca,
Só esse começo é motivo de fazer chorar em mim mesmo a culpa em lágrimas que formam um dilúvio,
Só esse início é motivo de fazer ser a dor interna de estar em prantos pior que o grito seco de um viúvo.
Eu tenho ciúmes suficiente para ser crime de perseguição do quando meus olhos só moram nela,
Eu tenho ciúmes suficiente para ser a música cantada silenciosamente de uma alma tagarela.
Eu tenho Ira suficiente para motivar uma cruzada católica contra a mentira do meu passado,
Eu tenho tristeza suficiente para pensar que qualquer tipo de cruz no mundo é o fardo mais pesado,
Eu tenho agonia suficiente para perder todas as almas no submundo abissal que continua trancafiado.
Eu tenho opinião suficiente para dizer que estou sozinho com a minha própria alma,
Eu tenho paciência suficiente para ser flagelado em cascatas de açoites com maior calma,
Eu tenho ignorância suficiente para pensar que a obra do destino em que eu me aloco socialmente é tudo carma.
Eu tenho ansiedade suficiente para fazer um imortal querer ter um destino instantâneo,
Eu tenho medo suficiente pra temer a vida e ser um aborto espontâneo,
Eu tenho imaginação suficiente para falar que tudo eterno é um suposto artístico contemporâneo,
Eu tenho imaginações suficiente para transformar qualquer inimigo constante em amado conterrâneo.
Eu tenho lágrimas suficiente para apagar próprio reino de perdição,
Eu tenho sanguinolência suficiente para vingar transcendental assassina sucessão,
Eu tenho passos suficientes para alcançar Jesus no deserto e pedir antecipado perdão,
Eu tenho amor suficiente para confiar no Diabo para uma próxima reencarnação.
Eu tenho sonos dormidos que poderiam ser a mumificação em um túmulo,
Eu tenho sonos perdidos que se fazem o cansaço ser somente cúmulo,
Eu tenho pesadelos suficiente para ser de revolta a tumulto.
Eu tenho sonhos suficiente para viver em eterno culto.
Eu tenho inseguranças que formam labirintos de cheirosos cabelos cacheados,
Eu tenho medos que revoltam as marés de cachos para formar a pior execução de enforcados,
Eu tenho olhares suficientes para penetrar a sangue frio vítimas da ditadura emparedados,
Eu tenho olheiras suficiente para que pensem que estão vermelhos por serem alcoolizados.
Eu tenho paranóias suficientes para pensar que esquizofrenia é papo de terapia,
Eu tenho diálogos inteiramente fundados para fazer o Papa afundar em heresia,
Eu tenho modéstia de um cavalheiro chamar um reino em guerra para cortesia,
Eu tenho solidão unicamente para que minha conversa seja fundada em ironia.
Eu tenho gula insanamente para alimentar toda a população de corvos,
Eu tenho loucura suficiente para empilhar montanha de corpos,
Eu tenho perseverança íntegra para penetrar vossos sistemas nervosos,
Eu tenho liderança suficiente para transformar comunismo em rede de bairros nossos.
Eu tenho tempo suficiente para colocar toda areia do mundo numa ampulheta de entranhas,
Eu tenho socialidade grandiosamente sutil para entrelaçar pessoas estranhas,
Eu tenho pilares comunicáveis parciais para confinar qualquer sócias enfanhas.
Eu tenho frieza mais avassaladora que uma tempestade em nevasca,
Eu tenho calor mais ardente que um cataclisma em rompimento do núcleo em lava,
Eu tenho luz suficiente pra guiar a cegueira da mosca a traça,
Eu tenho escuridão suficiente para segura-lo em eterna mordaça.
Mas nada negativo que eu tenho é maior que o amor caloroso,
Mas nada pecador que eu tenho é maior que a graça que me faz amoroso,
Mas nada destruidor que eu tenho é maior que a teimosia que me transforma num ser glorioso,
Mas nada que impregna a dúvida é maior que o meu propósito grandioso.
Falei todas as coisas que me atingem,
Falei todas as coisas que minha alma tingem,
Seriam motivos suficientes para me destruírem,
Mas tenho o dobro motivacional para não desistirem.
De si, de ti, de mim e eu mesmo.