Vem...
Desfila palavras, e encanta o Recanto,
Destila bebida perfeita de único sabor;
Traz alegria para perto, leva a saudade,
Que já fez morada pelos quatro cantos;
Da casa, da folha, da porta, do cobertor,
Invadiu o pensar; os passos pela cidade...
Seguem só, ecoam nas ruas de asfalto,
No pó da estrada de terra, nas calçadas;
Passos param esperando o trem passar,
Ziguezagueando, serpenteando devagar;
E pensar a divagar para a te contemplar,
Esperando teus passos, palavras e atos...
Altos, tão altos que não posso nem tocar,
Some métrica, o medo de não mais voltar;
Foge pra longe daqui; fica, mistura perfeita,
Aceita um pouco de mim, e te vejo chegar...
Grafitar meu querer no quadro verde da vida,
Espera insistente, que a poetar, nos convida.