Antes da meia noite...

A inspiração vem, incomodando as mãos

Atiçando, provocando, chamando; ando

Com pés no chão e olhar no azul do céu

Colorindo olhar, resto de primavera, mel

Adocicando poema e alma tão sonhadora

Que volta e meia cai da cama, e chora...

Por acordar e tudo ser um sonho colorido

E retina é lagrima amanhecida em alarido

Um grito amortecido tecendo as distâncias

Seguras vias de tantas linhas tão sinuosas

Que traz enjoo, causa náuseas, e ânsias...

E o corpo é frágil abandono de tuas prosas.