VERSOS DE UM “DESCONHECIDO” *...

*Não cansamos de folhear o primeiro livro psicografado por Francisco Cândido Xavier: Parnaso de Além Túmulo, publicado pela Federação Espírita Brasileira, - FEB – isto em 1932, quando o sensitivo tinha tão somente 22 anos...

Em 2010, a FEB, numa homenagem ao médium, que completaria 100 de seu nascimento: “textos das poesias, integrais e definitivas”. Esta edição comemorativa, é que temos o privilégio de folhear, e volta e meia compartilhar com nossos prezados leitores (as), são 792 páginas, com os preciosos comentários de Elias Barbosa...

A diferença, desta com a primeira edição, é que foi acrescentada a participação de mais alguns poetas e poetizas...

Deste fantástico acervo mediúnico, do poeta que voltaram de além- túmulo, para escreverem novamente, numa prova de real valor, pois “voltaram” escrevendo no mesmo estilo de sua vida corpórea...

Há os que acreditam nesta possibilidade, porém, alguns descrêem; aceitamos e não os criticamos, pois acreditar ou é uma questão de Fé; Fé! Não se impõe, é conquista de cada um...

Da coletânea de poetas e poetizas deste livro, três preferiram resguardar suas identidades reais; Marta, Amadeu e estes versos que estamos transcrevendo: Um Desconhecido, que alias é o último participante deste memorável livro...

MEDITANDO

Eu fui daquelas almas que viveram

Sem conhecer da Terra os paraísos,

Que somente a amarguras dos sorrisos

Pela noite das dores conheceram.

Não que eu fosse infeliz e desditoso,

Pois fui também humano entre os humanos,

E através dos meus dias, dos meus anos,

Se eu quisesse gozar, teria o gozo.

É que sentir no amargo do peito

A atitude do homem nessa vida,

Coração enganado, alma iludida,

Afastada do Puro e Perfeito.

O meu ser que sonhava a humanidade

Qual um ramo de flores perfumadas,

Viu as almas tremerem, desditosas,

Sob o peso da própria iniqüidade.

E isolados nos grandes sofrimentos

De ser só, na aspereza dos caminhos,

Encontrei o prazer pelos espinhos,

Ao trilhar os carreiros dos tormentos.

Pois no mundo pequeno da minhalma,

Quando em dor me envolvia a desventura,

Eu vislumbrava a luz brilhante e pura

Que me trazia a paz, bonança e calma.

- Era luz que me vinha da visão

De ver o Cristo Amor, entre cansaço,

E tinha então prazer de ver meus braços

Enlaçados na cruz da provação.

Este autor que preferiu se manter no anonimato, escreveu mais duas poesias...

Curitiba, 27 de agosto de 2018 – Reflexões do Cotidiano – Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 27/08/2018
Código do texto: T6431970
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