Refugiados

Terra promissora e deveras cobiçada

A mão que trabalha, agora é humilhada...

Sobreviver deixou de ser realidade desejada

Uma honra submissa da sociedade açoitada.

Arrancaram os telhados da nossa morada

Aos chutes derrubaram a porta sem permissão

Pelas janelas vimos nossas vidas na indignação.

As paredes do lar foram ao chão e junto uma lágrima.

Caminhamos por estradas sem um lugar seguro

A fome agora se alimenta de nossa esperança

Nossa criança ainda sem forças pede um pão duro...

Olhamos para o céu buscando a Divina Confiança.

Um choro ainda no ventre materno busca proteção

Nascerá sem pátria, apenas uma mãe gentil...

A culpa tornou-se o passaporte dos refugiados

Carregando no espírito a Luz dos Exilados.

“A Vida é uma Bola...”

Quem oferece uma mão, esmaga o pão com a outra...

O leite jogado ao chão, o gado vai pisando sem compaixão

Um dia mastigando a utopia, no outro a caridade de irmãos

Que surgem do vazio e sem carregar palavras de ordem

Carregam em suas mãos alimentos aumentando a crença

Que as nossas Vidas tenham outra realidade um dia

Aonde lágrimas de tristezas venham no Novo Amanhecer

Transformada na pura de Divina Alegria...

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Fernando Matos
Enviado por Fernando Matos em 26/08/2018
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