Borboleta a voar
Livre quero ser...
Desfrutar da vida com prazer.
Mas aqui só enxergo a escuridão,
Neste vazio... Imensa ilusão.
Sinto tanto... Universo sem fim,
Encontro-me perdida dentro de mim.
O coração divaga triste,
Um sorriso verdadeiro não permite.
Nele não há tanto a liberdade,
Aquela que no peito cause alarde.
Desfazendo por completo a morbidez,
O que resta é toda e qualquer insensatez.
Aqui é mero devaneio,
Imersa no lamento de lágrimas.
Ninguém não me imagina no entremeio,
Em que sobram palavras e faltam as rimas.
De um mundo feio e cruel,
Onde o que prevalece é o sabor do fel.
A mente em transe decepcionada,
Carece de apoio... O tão sonhado abrigo.
Pelas sombras pairando, a mercê do perigo,
Na tortura das horas desvanecida.
Onde não há transparências,
Apenas gestos de interesses, minha impaciência.
O desejo de voar permanece na alma,
Que transmuta o mal revela a essência.
Na hombridade de caráter,
Do não julgar e nem obter.
Tudo passará, nem que demore a tempestade,
Entre o nunca, o melhor que seja tarde.
Sobreviver em meio à turbulência,
Ser forte... Sem pedir clemência.
Recomeçar... Usando de subterfúgios,
Nadando contra as correntezas de rios.
Chorar... Não é sinal de derrota,
Sempre haverá aberta uma porta!