Rosa dos ventos
Aos quatro cardeais,
trago-lhes as boas novas
Nos ventos do cerrado, à Nordeste,
Veio a última rosa.
Trouxe consigo,
mais duas pétalas honrosas
Essências perdidas no momento
Porém, no cálice do tempo,
puseram-se a prova
Enfim, aos dezesseis sentidos,
o enigma aflora
Na essência das capitais caídas
sobre o ferro vibrante
O intrínseco silêncio do recomeço,
sobre o fim, toma o agora
E a invalidez das últimas rosas,
dá lugar a suavidade do momento,
a nova flora.