AUTOIMAGEM
Socado no estômago pelos punhos da vida
Vomito sangue em preto e branco
Ressentindo as cores nos olhos de outros
Cicatrizados para viscerar desencantos
A cada retina presa nos pés parados
Tropeço e caio – exausto – mas danço
Sem aquarelas como socorro, eu me gasto
Engulo o jorro sulfúrico e avanço
Mesmo sem saber o pódio, dou mais um passo.