Servido por um "COPO de LEITE"!


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Depois de mais um gole
Prometi não mais chorar
Sequei um litro, abri mais um...
Briguei comigo e me isolei.
Não reguei mais meu jardim
Ervas daninhas se agigantaram
Fiz exatamente o quê o mal mais quer
...fantasmas sem rostos me dominaram.
Atordoado, quase vencido
Inconformado, desiludido
Com uma só gota de forças
Espalhada no coração
E quando me dei conta
Estava eu á capinar o meu jardim
Com um “copo de leite” morno na mão
Plantei todas as flores de novo
Mas em particular, uma delas
Que resistiu á mim mesmo
Até á meus ressentimentos
Superou minhas fraquezas
Mostro-me com sua simples beleza
Que fazer o bem sempre será mais fácil
Peguei um daqueles litros vazios que lá estava
Sem saber pra quê guardava
Pus água fresquinha dentro
Coloquei tudo que sobrou de sentimento
Nessas alturas muito castigado pelo sol forte
Coloquei lá o pobre COPO de LEITE
Que pode enfim descansar e igual á mim
Pôde, voltar á viver!