Mãos de Deus II
Mãos de Deus.
Já estive submerso, nas profundezas..
... d’um poço.
Em lama, em chamas, afogava-me...
.. ardia-me...!
Exaurido... sem força física, ou psíquica...
... afogava-me, afogava em mim mesmo...!
N’um extremo esforço, por vezes, emergia...
... submergia, emergia...!
Suspiro...! Respiro...!
Fundo, profundo respiro...!
Sem medo, sem medos...,
... de cabeça, mergulhei...!
Atolei-me na lama, ardi-me em chamas.
Mas não desisti, insisti...!
Submerso em primárias reflexões...
lutei... resisti...!
Faltavam-me forças para plena, emersão.
Fitando os olhos ao alto, aos céus...;
Clamei...! Clamei...!
Por perdão eu clamei...!
Quando n’um repente clarão de luz...
Levitando... do poço fora içado.
Deus estendeu-me, suas poderosas mãos.
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Adilson Tinoco