Incerteza
O medo que as coisas não sejam como são,
dá adrenalina sentir, dá medo, quando vem;
aquela brincadeira do, “é assim, só que não”
onde parece que a fome descobriu seu pão,
entretanto, o faminto ainda padecerá, sem;
São; internamente, nos anseios do coração,
o medo finca as botas na terra da realidade;
carecemos bater pelo sim, receando, o não,
a porta na cara, e uma cara de bunda, então,
verdade é bem perigosa, a bem da verdade;
Resta ao coração detetive, perscrutar sinais,
ler nas entrelinhas para ver do lado oposto;
palavras são máscaras, gestos falam mais,
poderemos derivar, ou, estar perto do cais,
cujas amarras cintilam na encosta do rosto...