Sem você...
Não acostumo com essa falta que judia
Fica essa saudade que aperta, maltrata
E ao coração um carinho bom da poesia
Que explícita se mostra, assim, na lata
E vira verso, para remendar essa solidão
Haja tecido, digo, páginas de inspiração
Um florear aqui, outro ali, pontos, pronto
As linhas vão formando prosa, um conto
Uns versos verdinhos com cheiro de pão
Saindo do forno, satisfazendo o coração
Acarinhando a alma, aquecendo a pele
Enquanto o tempo passa pensando nele.