Do pampa e cordilheira
Quando o inverno chegar
Há de cair a chuva
Sobre muros e herdades
Em porções de frio e saudade,
Quem sabe, de amor e dor.
E da tela branca e fria da natureza
- Codilheira e pampa -
Às nuances descoradas de certa tristeza
Se unirá o repertório infinito de cor
Dos dias, das madrugadas
Paisagem depois transfigurada
Nos bronzes de brasa e tempo.
Do nada ao pigmento
Despertando, a contento,
O grande festim da vida
"Renascere", ressurgimento
Das águas, dos peixes
Dos homens, dos dias
Tudo em lenta sinfonia
Se reciclará
E o sonido da chacarera
No vazio da cordilheira
Há de anunciar
Que o sol há de luzir, há de brilhar.
Beijo a todos!