Ver

Não ver-te é ver o verde que chora...

Aquietar e não gritar teu nome agora,

Deixar-te ir, mas, o esperando lá fora;

Versar sabendo que a palavra revigora.

História, e dois corações tão presentes,

Na ausência de cada verbo adocicado;

Sedento por um beijo ardente, delicado,

Em meio ao deserto, seguindo em frente.

De repente verso, e vejo-te feito mágica,

Chora a chuva e o verde é semente, vinga;

E o pensar mais insano é perdoável tática,

Uma injeção de ânimo, abençoada seringa.