Janelas

Espelhos da alma,

Que se rompem esbanjando luz,

Que se entreabrem curiosas,

Que se trancam escondendo a dor.

Dobradiças desgastadas com o tempo.

Olhos da consciência,

Que se fecham em oração,

Que se abrem para o mundo,

Que permitem sonhar.

Ventanas que são extensão do olhar.

Páginas em branco,

Que contam histórias,

Que guardam mistérios,

Que revelam segredos.

Batente rabiscado de memórias.

Suspiros do amor,

Que não tarda, está para chegar,

Que não demora, já vai partir,

Que não veio, não cansou de esperar.

Vidros embaçados de saudades.

(gostou? Veja também Quanto mais escrevo mais escravo/palavras)