O SONHO
Esta noite
tive um sonho,
uma bússola
me apontando,
girava, girava,
em todas direções!
Ao norte
eu via o gelo
a natureza,
tsunami,
a sorte,
se rebelava!
O povo do leste
guerreava, prepotente,
mísseis vindos do norte,
dizimavam o oeste,
um povo forte
extinto na morte!
Ao oeste
a fome maldita,
a doença maltrata,
consome a liberdade,
ante o facínora
que dita!
Mas, do sul grita
o choro, o lamento,
alto denso e sagaz,
o alerta que me agita,
de um simples poeta
a pedir pela paz!
Atadas suas mãos,
condoído declama
os versos sem fim,
na luta de bravos,
de tantos agravos
contra seus irmãos!