Valham-me versos
 
Entre tantas surpresas e reveses no que faço,
Erguem-se barreiras que tento transpor.
Às vezes me vejo sucumbir no primeiro passo,
Diante das armadilhas em forma de dor.
Por que tenho mesmo que enfeitar esta mesa
Para uma refeição sem sabor feito falsa dieta?
Quando as agruras revelam aspereza
E minam qualquer chance para um tolo poeta?
Não! Não há conforto, mas que eu não me cale,
Valham-me versos, preciso conter esta agonia,
Ainda que me escorra o pranto, eis o que me vale:
Seguir versando em busca da melhor poesia.
Luciano Abreu
Enviado por Luciano Abreu em 17/01/2018
Reeditado em 08/03/2018
Código do texto: T6228613
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