PORTO
Zarpa outra vez meu barco
Eu sou porto, medo de naufrágio
Lentamente, levemente ele se vai
Novamente, inconsistente eu fico pra trás
Queria eu ter atitude e coragem
Quem dera eu, ser menos covarde
Quimera eu, pegar minha liberdade
E usando de remo navegar ate ti
Quem sabe um dia o tempo me trate
Quem sabe a vida não nos maltrate
Quem sabe o vento faça o resgate
E soprando bem forte me leve daqui
Que seja o tempo, o vento ou a água
Que seja da vida aproveitada sem mágoa
Que enfim eu entenda o valor do nada
E nadando sem rumo, eu me encontre em ti.