PORTO

Zarpa outra vez meu barco

Eu sou porto, medo de naufrágio

Lentamente, levemente ele se vai

Novamente, inconsistente eu fico pra trás

Queria eu ter atitude e coragem

Quem dera eu, ser menos covarde

Quimera eu, pegar minha liberdade

E usando de remo navegar ate ti

Quem sabe um dia o tempo me trate

Quem sabe a vida não nos maltrate

Quem sabe o vento faça o resgate

E soprando bem forte me leve daqui

Que seja o tempo, o vento ou a água

Que seja da vida aproveitada sem mágoa

Que enfim eu entenda o valor do nada

E nadando sem rumo, eu me encontre em ti.

Daiane Alves
Enviado por Daiane Alves em 09/01/2018
Código do texto: T6220933
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