Andorinhas
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Andorinhas
O meu verbo é o meu verso.
Meu cartão postal tem seriedade.
Falo tão sério,
em relação a nós dois,
que minha pele branca arde!
Não gosto de sorrisos.
Gosto de beijo na boca
- Do teu toque voraz!
Não sou nenhuma caricatura,
nenhum retrato retocado.
Tenho temperos
- Todos os que sei que buscas.
A saliva ardente.
A curva quente, o teu porão.
A água por onde deslizarás.
Queres velejar em mim?
Sente meu corpo
- Descobre onde há tormentas!
Quero guerrear todos os dias
- Mesmo nas épocas sangrentas.
O sangue esquenta, deixa a pele sensível,
o corpo carente demais.
Vem, estou pronta
- Meu entreposto, meu cais.
Crato-CE, 8 de janeiro de 2018.
02h07min
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