Prefiro o coração em balanço de rede

Demais é pesado

Difícil de carregar

Soltar velhas amarras pede olhar de novo

Com olhos de criança

Rever o caminho

Marcar o prumo

Conhecer o trajeto

Não nos assegura

Acerta-lo; é como

Cascos batendo na rua cinza de pedra escura

Perdida em lânguida neblina enfraquecida

Superar obstáculos exige força esquecida

Força reacendida

Prefiro o inseguro

Fico com o futuro

Prefiro o coração em balanço de rede

Em sons de lenha queimando

Em sono pesando

Prefiro a mente invadida de paz

Como criança brincando

Solta em mundos de magias

Aleatórias

Está no real

Tem o ideal

Sente dó

Mas não consegue ser o igual.