POÇO DA INCOMPREENSÃO
Profundo e abismal poço
Pra se cavar, basta começar
Por má vontade, às vezes
Por ignorar circunstâncias
Das condições vividas por alguém
Nas suas muitas variações!
Parece até o mar a derramar
Numa gigantesca onda, a tudo afogar
Tréguas, não há, são águas a levar destruição
Não quer lavar, nem quer sarar
Os males em questão
É muita água, que jamais se acaba
Ali há muita incompreensão!
É meu pesar, avistar tal poço
Que desde moço, eu vejo...
O meu desejo é para mim, primeiro
Compreender mais do que ser compreendido
Como aquele santo homem de Assis
Depois chamar os outros a participar
Comigo, eu sempre quis
Que me ajudem a este poço, soterrar!
Sobradinho-DF, 20/8/07