Borboleta

Então, me recolho dentro de meu ser.

A borboleta volta a seu casulo...

A borboleta se fecha, mas não se arrepende

de seus passeios ao ar livre.

Ela conheceu, depois da metamorfose,

toda a extensão do universo.

Rios de espelho, flores perfumadas, néctar de flores!

Montanhas, cordilheiras, cavernas e vulcões de amor.

Mas ela viu que a vida lá fora

também tinha despautérios! E conheceu

pedras, estilingues, varas... ê, borboleta...

Voltou-se em casulo.

Contudo, não se vá a entristecer, borboleta.

Guarda-te, conserva-te, espere...

Espere, porque aqui tudo passa,

e a primavera tarde somente mais um mês.

Fernanda Reis
Enviado por Fernanda Reis em 19/08/2007
Código do texto: T614889
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