Borboleta
Então, me recolho dentro de meu ser.
A borboleta volta a seu casulo...
A borboleta se fecha, mas não se arrepende
de seus passeios ao ar livre.
Ela conheceu, depois da metamorfose,
toda a extensão do universo.
Rios de espelho, flores perfumadas, néctar de flores!
Montanhas, cordilheiras, cavernas e vulcões de amor.
Mas ela viu que a vida lá fora
também tinha despautérios! E conheceu
pedras, estilingues, varas... ê, borboleta...
Voltou-se em casulo.
Contudo, não se vá a entristecer, borboleta.
Guarda-te, conserva-te, espere...
Espere, porque aqui tudo passa,
e a primavera tarde somente mais um mês.