Maldita Aids

Quando eu contrai esse vírus,

o remédio não existia

no ano de 1987 estava destinado

a ser uma aidética, não mais uma guria.

Então o dr. Qualent

me deu sete anos de vida,

fiquei ainda mais doente

muito triste e deprimida.

Levaram minhas crianças,

que criei com sacrifício

se foram as esperanças,

mas sempre exerci meu oficio.

Pagava hotel por dia

com artesanato vendendo

repudiada eu vivia

sozinha me remoendo.

Mas um amigo apareceu

eu disse o que havia comigo

então me convenceu,

a procurar o que bem digo.

Não vamos desanimar,

porque o remédio já existe

você pode se tratar,

e parar de ser trite.

Até hoje eu não sei

se estou certa ou errada

liberada pela a lei

mas para o pobre é complicado.

Fui muitos anos repudiada,

por pessoas sem amor

mas por Jesus fui abençoada

vinte seis anos passaram,me curou, o senhor.

Essa poesia é para você

ter o exemplo de coragem,

não deixe a morte vence

chega de fazer bobagem.

Já faz esse tempo, tomando antirretrovirais

só Deus sabe nossa hora,

Não morri, de aids não morro mais.

Vamos viver,vamos embora.

DIANA LUIS
Enviado por DIANA LUIS em 27/09/2017
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