Ainda Não

Perguntaram-me se tenho medo da morte,
não, ainda não entreguei-me à própria sorte.
Ainda não, existe algo, no fundo pelo qual lutar,
para aquele que se permite, ainda um pouco sonhar.

Ainda um pouco contente, perduro um tanto resoluto, 
após amargas derrotas, aconchego um doce luto,
este que ainda, fiel, sempre me acompanha, 
como valente guerreiro, em ferrenha campanha.

Não mais sinto, nem mesmo admito,
para mim mesmo, como que covarde aflito,
que ainda que infeliz, não repudia seu coração, 
não é chegada aquela hora, não... ainda nã
o...

(imagem-google)
Marcus Hemerly
Enviado por Marcus Hemerly em 14/09/2017
Reeditado em 14/12/2017
Código do texto: T6113748
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