O poeta que quer ser prosador
Quando vietses à minha porta
Dizeres que me amavas e, ao
Deitares na minha cama, dizes:
Tu és feia como a gorda torta
Que me fez vomitar de um mal
Nojo pelo vampiro de raízes
Nesse meio político de máfias,
Vai e fica distante vampiro Drácula,
Pois o meu peito é repleto de luz,
E as mulheres e os homens, afia
As garras do lobisomen, mácula
De um artista, eles dormem e seduz
Esse sonho o poeta que sou e
Que crio os meus amores e os
Meu sentimentos, permite-me,
Leitor, eu criar esse amor já nu,
Pois eu preciso amar e escrever,
Mas não aceito escrever sem amor,
E não aceito amar a vida, por ser
Poeta, quero ser prosador e à dor
Dar o meu coração em cada escrito
Romântico em prosa, criar o coração,
Já que pelos versos eu já não minto,
Quero ter em personagens a ação,
Mas, sem que me leiam, eu digo já:
Vou pela sarjeta criar loucuras na noite,
Rever e criar, escrever e amar, e vá:
Prosador, escreve em paz se se afoite
Com o sexo audaz de cada homem:
Não és escravo das trevas muito
Menos dos homens, vai e voa, em
Ti dorme o gérmen da luz, o fortuito
Momento para te dizer que eres poeta
É este: Não eres prosador, por isso
Não precisas ser perfeito, a estética
Em beleza é feia, toma aqui nisto
O feio como sendo a iniciação burra:
Tu ainda és burro? Impossível! És Deus,
Logo não é Deus que escreve prosa,
É o ser humano, mas Deus a surra
Que leva do homem pode escrever seus
Momentos na poesia até poder à prosa
Tomar e haurir forças para derrotar a
Humanidade e escrever o teu talento,
Vai, prosador divino, escreve, a má
Companhia se foi, és pleno e tanto
Sofrimento serviu para seres profissional,
Não há prosador profissional sem a dor,
Por isso escreverás o bem e não o mal,
Contanto que tenhas o mesmo sempre pudor...