Lá pelas tantas...

Lá pelas tantas não sabia se queria voltar.

Fui longe demais.

Vi, ouvi e falei pelo caminho.

Não era mais o mesmo desde que tudo começou, nunca se é.

Fui triste, alegue, indiferente e foi como deixei de ser, para ser outro eu.

No trajeto sempre surgia a dúvida entre seguir e voltar.

A opção foi sempre seguir, mesmo quando tudo indicava que o melhor era voltar.

Recuei algumas vezes, mas nunca ao ponto da partida.

Recuar parece voltar, mas não é.

Voltar é desistir daquele caminho e não seguir outro. É ficar.

Recuar é parar, tomar fôlego, avaliar estratégias e escolher entre ir para aquele mesmo lado ou seguir outro, sempre em linha reta.

Encontrei atropelos, resistências físicas e psicológicas minhas e de outros que faziam parte do trajeto.

Sentei um pouco, sem recuar, analisei e me curei, para seguir.

Não foram poucas as vezes que estava só, noutras queria estar só.

Quantos também foram os momentos em que, acompanhado, sorri e chorei, ofereci o ombro e fui acalentado.

O caminho desde a partida tem sido longo.

Talvez tenha percorrido a metade do que me foi destinado ou pouco mais, vai saber.

Isto, se um dia foi importante, não mais é.