EDMUNDO XAVIER DE BARROS VOLTOU*...
VIDA.
Nem paz, nem o fim! A vida, a vida apenas
É tudo encontrei e tudo que me espera!
O ouro, a fama, o prazer e as ilusões terrenas
São lodo, fumo e cinza ao fundo da cratera.
Evaiu-se a vaidade!... Os júbilos e as penas,
A alegria que exalta e a dor que regenera,
Em cenário diverso aprimorando as cenas,
Continuam, porém, vibrando noutra esfera.
Morte desvenda à Terra os planos que descobres,
Fala de tua luz aos mais vis e aos mais nobres,
Renova o coração do mundo impertinente!
Aos homens sem Deus, nos círculos escuros,
Que além do gelo atroz que se reveste os muros,
Há vida... sempre a vida... a vida eternamente...
“Edmundo Xavier de Barros, filho de Pacífico Antonio Xavier de Barros, nascido em 1861, no estado de Goiás. Desencarnou no Distrito Federal, como capitão da arma de Cavalaria, em 12 de janeiro de 1905. Foi poeta e desenhista notável”.
*Este autor, que voltou através do sensitivo Francisco Cândido Xavier, no primeiro livro psicografado pelo médium, Parnaso de Além Túmulo, no longínquo ano de 1932; são 56 poetas, brasileiros e portugueses, conservando os mesmos estilos que os notabilizaram em suas vidas... Ele, - Chico Xavier – na época tinha tão somente 22 anos, e, certamente para dar maior credibilidade, por diversos motivos não tinha concluído o curso primário; o que deixou os céticos perplexos; A morte não extinguiu a Vida, pois existe a alma, partícula divina imperecível...
Curitiba, 21 de agosto de 2017 – Reflexões do Cotidiano – Saul
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