JANELAS
Quando nasci, havia muitas...
Desde as menores às maiores.
Depois, já na adolescência,
Fase em que tinha pouca experiência,
Restaram-me apenas as médias.
Hoje, percebo que nem as médias
Restam-me, como forma de consolo,
Pois estou postergado com o solo
Onde guardo minhas próprias idéias.
São feridas que nos ferem e nos furam
E perfuram meu coração com grande fúria,
Já que todos decidiram me abandonar;
Exceto a eterna mãe do meu lar.
Diante desse horrível contraste
Que se presencia em minha vida,
como o mais verdadeiro desastre;
Ainda me sinto forte para procurar
Aquela janela que vai me salvar
Esteja ela na Terra, no Espaço ou no Mar.
Agora, forte e com muita coragem,
Vou rumo a uma bela viagem
Que me levará a janela aberta
Onde estará minha família coberta
De paz, amor, saúde e alegria
Que, somente, tal janela cria.