Entre o mundo e o papel
Ah, mundo, vasto mundo!
Por que não tem a leveza do papel?
Por que não pode voar como pipas soltas ao vento?
Brancas, amarelas, azuis, assim suaves e coloridas...
Por que insiste em pesar sobre meus ombros, como nuvens escuras e carregadas?
Que as chuvas caem é certo, nem é esse meu descontentamento,
Nem deveria sê-lo!
A chuva é necessária, é renascimento.
Minha indignação é pelo medo que me causas,
Pelas tormentas que pairam sobre minha cabeça, feito ventania,
Pelos ruídos fortes dos trovões, raios, destruição.
Seja leve, mundo, chova sem causar estragos.
Voe feito pipa, seja leve.
Me leve junto com você.