Este Jogo Que Eu Não Quero Jogar
O peito apertado esconde sentimentos aprisionados...
O que é bom ocupando cada vez menor espaço,
O tempo engolido em um único trago, mas afinal o que trago?
Vida e morte, azar ou sorte, qual será seu próximo movimento?...
No confuso xadrez da vida cada peça é o que se dispõe a ser...
Não se sabe quando começou, nem se termina quando o rei cair
Não há espaços definidos, ninguém sabe de que lado esta ou até onde pode ir...
Não existe livro de regras, se tem vencedor ou perdedor, então porque estamos todos enfileirados esperando a próxima rodada?
Alguns desconfortáveis pouco se movimentam, acreditando ser limitado o espaço do tabuleiro, o tabuleiro no espaço...
Mas ao respirar fundo e olhar para o céu...
Sinto que não preciso jogar...
Sob nenhuma regra, sobre nenhum tabuleiro... nem acima, nem abaixo de ninguém...
Não quero derrubar peças, este jogo não vou jogar!
Quando olho para você não vejo peça adversária, não precisamos seguir derrubando uns aos outros...
Não precisamos de um cheque-mate para vencer...
Aprendemos que quando um ascende um outro deve cair, mas simples regras de um jogo não podem guiar a complexidade da vida...
Estamos todos caindo, tropeçando uns nos outros, podemos fazer mais do que andar uma, duas ou três casas, podemos dançar!...
No confuso xadrez da vida cada peça é o que se dispõe a ser...