Um dia...
Agitarei toda asa
antes que me impeçam de voar alto.
Perecerei no silêncio
da minha alma,
se acaso o amor não
se manter aqui.
Me abrigue, dê-me o calor do rosto.
Mostre o quão alto
podemos voar.
E ao voar, se olhe com carinho,
com persistência.
Palavras emudecem.
Dormem sem respostas.
Se vão no esquecimento.
Não dificulte o voo.
Arrede-se com leveza.
Doe-se de amor com frequência.
Escale os passos e tenha paciência.
Ore, se resguarde,
E que o sorriso da
criança, perdure.
Nas sementes e pétalas,
na moça e nas vestes,
no semblante que
o tempo enrugou,
Do homem sem rumo.
Apalpe brevemente o caminho da solidão.
Trate das feridas.
Cuide das estradas por
onde você mais passa.
Pensamentos persistentes,
das partes mais sensíveis.
Aproveite os momentos
que lhe fazem bem,
não sobrevivem por muito tempo.
Se tornam canções antigas ou
mais um conto triste escrito
pelo escritor.
Zele por aquele que
está perto ou longe.
Fortaleça-se...
E avoe feito
mariposa, beija-flor,
feito um pardal,
luminoso feito
vaga-lume,
melodioso igual
a um bem-te-vi.
Temos a capacidade de
colocar amor em cada subida.
De colorir nosso espaço
depois das tempestades.
De resistir mais uma vez.
Admire os gestos miúdos de carinho.
Que as mais belas formas
de amar, sejam constantes.
Firma tuas mãos, teu andar.
Cuide-se e cuida.
A fé é o seu alicerce.
Se segura e vai...