O AMANHÃ DE UM ONTEM ADORMECIDO
Já fui ilusão e tristeza, noite sem lua e estrela,
Poeta que não conhecia o amor,
Palhaço sob a lona velha de um circo, sem aplausos.
Já fui lar e virei ruínas,
Sonos vazios que desaprendeu a sonhar,
E o coração parecia peixinho dentro de um aquário pequeno, apertado.
Já fui primavera sem flor,
Obra de arte sem cor,
Miragem de um deserto sem oásis.
Já fui um “era uma vez...” sem final feliz,
Príncipe sem fada madrinha,
Bela adormecida que não acordou com o beijo de amor verdadeiro.
Já fui corpo sem alma,
Esquinas de solidão,
Olhar sem esperança...
Mas hoje, o amanhã de um ontem adormecido,
Fez-se sol e você apareceu,
E entre as ruínas a esperança renasceu, e com alegria eu pude recomeçar.