* A sós *
" Algumas noites são assim,
(IN)termináveis barulhos por dentro.
E lá fora,
Silêncios sem fim.
Apenas a conversa do relógio, com a parede,
Que de tic- tac's ,
Ajustam seus ponteiros,
E certeiro,
É ele,
O tempo.
Carregado com tuas mágoas,
Banhado em tuas lágrimas,
Fatigado,
Cansado,
Alcançando o horizonte com o olhar,
Como o velho senhor,
Marujo do mar.
Sentado a praça,
Esperando a amada,
Que nunca chegou.
Ou voltou!
................(E nem vai voltar) !
Partida, é sua viagem distante,
Onde o instante,
Era sua companhia efetiva,
E relativa,
É a proximidade de ambos.
Onde o junto não é o perto,
E o separados,
Não se faz no longe.
E na prece do monge,
Depositam suas esperanças,
Que dias vindouros,
Lhes tragam a bonança,
De então,
No assim, porém, contudo, mas,
Que nada seja em vão,
Colocando finito,
Nessa maldita solidão,
Onde só cabe o acreditar,
E assim,
Uno é o sonho,
(Vi)Ver é sonhar...
E na vida,
Caminhar....
Juntos!
Além!
A dois!
A sós....