* A sós *

" Algumas noites são assim,

(IN)termináveis barulhos por dentro.

E lá fora,

Silêncios sem fim.

Apenas a conversa do relógio, com a parede,

Que de tic- tac's ,

Ajustam seus ponteiros,

E certeiro,

É ele,

O tempo.

Carregado com tuas mágoas,

Banhado em tuas lágrimas,

Fatigado,

Cansado,

Alcançando o horizonte com o olhar,

Como o velho senhor,

Marujo do mar.

Sentado a praça,

Esperando a amada,

Que nunca chegou.

Ou voltou!

................(E nem vai voltar) !

Partida, é sua viagem distante,

Onde o instante,

Era sua companhia efetiva,

E relativa,

É a proximidade de ambos.

Onde o junto não é o perto,

E o separados,

Não se faz no longe.

E na prece do monge,

Depositam suas esperanças,

Que dias vindouros,

Lhes tragam a bonança,

De então,

No assim, porém, contudo, mas,

Que nada seja em vão,

Colocando finito,

Nessa maldita solidão,

Onde só cabe o acreditar,

E assim,

Uno é o sonho,

(Vi)Ver é sonhar...

E na vida,

Caminhar....

Juntos!

Além!

A dois!

A sós....

Agridoce P
Enviado por Agridoce P em 08/03/2017
Código do texto: T5935200
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