Dias

Ah mocidade, eternos belos

Dias são esses quais tanto espero

E pelos rios banho-me pleno

Ciumento choro, junto a Otelo

Quem pôs ao alto, esses meus sonhos

Que os dias palpam, tão intangíveis?

Quem trouxe impulsos, ares risonhos

Aos meus bloqueios, intransponíveis?

Talvez os dias, transpareciam

As cores pretas, que os brancos viam