Daqui a Cem Anos

A missão ainda não mudou

Eu nunca vou parar de te procurar

Afinal aqui eu ainda estou

Sinto que algum dia irei te encontrar

Infelizmente não posso dizer quando

Onde, que dia ou em que ano

A esperança é o que me move e me faz continuar

E mesmo repetindo incansavelmente o caminho que ando

Sei que haverá o dia, e ele vai chegar

Onde terei quem me abraçar, perguntar como está minha vida

E uma lacuna aqui dentro de mim será preenchida

Não é carência, é somente uma solidão intensa

Quem é social dirá que o drama me dominou

E que passo os dias pensando em um verdadeiro amor

Que eu ainda não desbravei, aquele que aqui escreverei

Tão inconveniente pensar que existe alguém no mundo para mim

Sabe? Que goste do que sou, que traga consigo cor

Posso muito bem ser infantil, inocente, ou até mesmo carente

Mas continuo pensando na expressão "a gente".

Talvez não exista tudo que está logo acima na escrita

Talvez estou me iludindo, confuso quanto uma tela de tinta

Mas não posso confirmar, e nem escrever sobre isso ainda

Pois como disse, acredito que terá "o dia"

Que duas vidas, duas trilhas, se tornarão companheiras

Sim, sim, isto tudo podem ser asneiras

Mas não estou impedido de sonhar

Não estou impedido de pensar e imaginar

Quem sabe exista? Quem sabe não?

Estou somente seguindo a voz do meu coração

Talvez ele me leve a um buraco sem saída

Ou quem sabe ele me direcione a tão sonhada "prometida"?

Não vou mentir, possuo uma certa dúvida pessoal

Será que algum dia encontrarei a "tal"?

E é um pensamento insistente

E sei que ela existe, por isso, sigo em frente

Afinal não penso em me tornar um desistente

Se for preciso eu lotaria este caderno completamente

Se for para me sentir bem ao escrever

Então assim eu continuarei a ser

Essa "tal pessoa" está por ai

E eu estou por aqui

Agora, será que o destino irá nos reunir?

Esta pode ser uma pergunta que começará a me perseguir

Mas é difícil, porém acredito que vale o risco, o esforço

O sacríficio para encontrar um ao outro

Mas é difícil, pois no caminho há espinhos.

Imagino alguém que não deboche de poemas

Textos com dedicatórias extensas

Alguém que não dará gargalhadas ao escutar "Eu te amo"

Alguém que saiba a hora de parar de brincar

Que não vá a si mesma e a mim magoar

Que não pense apenas em beijar.

Quem sabe, talvez estou me enganando

Talvez eu esteja acreditando nessas minhas palavras

Talvez esteja delirando

Mas gostaria de saber se, daqui a cem anos

Os seres humanos ainda estarão se amando?