IGNÁCIO JOSÉ DE ALVARENGA PEIXOTO. VOLTOU**...

Divina lira,

Musa que inspira

Meu coração

A relembrar...

Celebra, amena,

A vida plena,

Paz sublime,

A luz sem par.

Volta, de novo

Ao grande povo

Que não me canso

De estremecer;

Revela, ainda,

A pátria linda

Que faz vibrar

Todo o meu ser.

Exalça agora

A nova aurora

Que brilha cheia

Do amor cristão.

O mundo em prova

Que se renova

Espera o dia

De redenção.

Une-te ao canto

Formoso e santo

Que flui soberbo,

Sepulcro além...

Lira divina,

Louva a doutrina

Da liberdade

No eterno bem.

Dize a grandeza

Da glória acesa

Na vida excelsa

Que a dor produz,

Proclama à Terra

Que além da guerra

E além da noite

Floresce a luz.

Não mais procures,

Chorando alhures,

Enfraquecer-te

Nas lutas mil.

Canta somente,

Ditosa e crente,

A nova era

Do meu Brasil.

Do livro Parnaso de Além Túmulo, editado pela FEB, em 1932. É o primeiro livro psicografado por Francisco Cândido Xavier, quando tinha tão somente 22 anos. Com certeza por não ter concluído o curso primário, se constitui numa prova inequívoca, que realmente o lado de “lá” existe, isto é, que a “morte” não é fim, mas o recomeço da nova vida...

“Ignácio José de Alvarenga Peixoto, um dos malogrados poetas da Conjuração Mineira, ao qual foi imposta a pena de degredo perpétuo na África, onde veio a falecer em 1793. “minado pela nostalgia.”

Curitiba, 03 de fevereiro – Reflexões do Cotidiano – Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 03/02/2017
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