FÉ
Encarando eu as muralhas de desdém
O medo logo vem tratar dos seus negócios
Arranjei outro obstáculo, a saudade
Puxando seu camelo, vem o passado
Cobrando-me seus altos impostos
Ele fitou os olhos e o coxo ficou de fé
Antes cão morto, agora almoça na mesa com o Rei
Esquecido estava na cidade que se esqueceu
que acima de todos nós reina o Amor,
atestando com justiça sua formosa Lei
Você acreditou em mim
Quando eu não mais acreditava
Quando meu sufoco se acostumara
a entrar em rota de colisão com o mundo
Enquanto dentro da casa
Uma voz rouca profetizava
que um dia eu acharia a porta
As minhas muralhas de Jericó cederam
Assim que voltei meu coração
Aos Seus ternos olhos
Convencido do meu orgulho
Converteu-o no bem maior
Onde se planta, espera e colhe
Acolhendo a certeza
De perseverar no Amor
Que está além do que podemos ver
Alimentando sempre com firmeza
A convicção que jamais estaremos sós