Transbordou-se.

O colibri de cinza e branco

Preso fere o seu nítido carisma

Deixando sua poesia adoecer

Salpica ao vento suas arruaças.

Para e canta uma dor e outra

Arrastando-a para a solidão

Sobre o azar que ali transbordou-se

Agindo para alegrar seu Senhor.

No entanto de um galho qualquer

Mas longe, a chuva vem alarmante

Surge lindo e menos inimigo.

Atingindo sua goela recôndita

Fazendo-o confiar em si mesmo

E o tácito que de si transbordou-se.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 01/02/2017
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