A MINHA GAIOLA
Sinto-me como um pássaro na gaiola,
Não me deixam voar,
Tratam-me como se fosse um artola,
Nem sequer posso piar.
Passo fome, passo frio,
De estar preso, tenho grande fastio,
Já nem me dá vontade,
De piar, por não me darem liberdade.
Vou usar o meu bico,
Para tentar a minha eventual fuga,
Picando com afinco
A rede da gaiola, até ser sortuda.
O dia da minha liberdade,
Irá chegar quando menos esperar,
Com a ajuda e a caridade,
De Deus que não me vai abandonar.
Ruy Serrano - 15.01.2017