NOS ÁTRIOS SEGUROS DO ALTÍSSIMO
Ri e chorei como poucos riram e choraram;
Amei e senti como poucos amaram e sentiram.
Na verdade tudo o que vivi
Foram experiências de grande intensidade.
Com veemência e, sobretudo, de forma abundante,
Pude sentir todos os abalos internos
Que as fortes emoções
E os estados de espírito proporcionaram
Sobre o meu ser....
Pois nos tempos de outrora
Vivi do que é temporal e fugidio;
Afinal, há muito tempo senti os abalos
Mais impactantes do fluir da vida,
Uma vida que trêmula,
Como uma vela solitária,
Na incerteza e na indecisão.
Sinto que dorovante
Lutarei continuamente
Por uma vida que,
No extate da plenitude da graça,
Só busca contemplar
O que é eterno e perenal...
Entoando cânticos de triunfo e glória,
Fortaleço o meu ser
E resignifico a minha vida
Que hoje se encontra imbuída de graça
E de bem-aventurança.
As pétalas de uma doce flor se abrem,
Assim é a vida que renasce
Para aquele que se permite
Viver de marcante transformação
Na busca de crescimento
E da tão sonhada redenção!
Nos mares calmos
Do amor que transcende as muralhas
Da ignorância e das tiranias,
Percebi que é possível viver
Alumiado pelos seus raios misteriosos.
Busco então me consolar com os sinais milagrosos
Que provém das profundezas
Mais inauditas da verdade inescrutável!
Compus versos ao viver
De minhas dores e alegrias...
E em horas a fio tentei desvelar sentidos;
Também divaguei em ideias sublimes
E nos dias taciturnos busquei criar perspectivas...
Foi assim que nasceu em mim
Uma sede inesgotável
De caminhar nas veredas do altíssimo,
Nos átrios seguros de nosso redentor!
Pois é dentro destes
Que contemplo grandes manifestações
De liberdade e de justiça;
De amor e de misericórdia;
E também de paz, de esperança
E de uma sempiterna alegria.