Celuve.
Um homem sobe a via, onde uma multidão se aglomera para vê-lo.
Multidão esta que outrora o saudava dizendo: Herói, herói;
Mas agora diz: Criminoso, criminoso.
Multidão que espera ansiosa por um espetáculo de crueldade,
Orquestrada por homens mesquinhos e mentirosos; Homens;
Homicidas e invejosos da justiça deste que a via sobe.
Sobe... A uma altura imensurável, Tão grande que o sol em vergonha,
deixa de mostrar sua luz e a lua em desespero esconde-se. A multidão
em delírio grita: Celuve, celuve.
É crucifique, crucifique! Este homem? Cristo.
André Bissiati.