O retorno da esperança...

Minhas palavras tinham se calado,

não havia mais cor em meus versos,

meu encanto,

meu mundo,

meu sonho.

Delírios poéticos habitavam meus versos,

eu queria apenas enxergar as estrelas que dançavam no céu,

no palco de meus desejos eu avistava a esperança perdida,

seu olhar reluzente,

sua fala mansa e indescritível,

seus gestos mais sublimes.

Ah! Nos meus sonhos como estava linda,

vestia um vestido prata cheio de luz,

seus olhos eram adornados pelo brilho da lua,

de sua boca nascia as palavras que hoje habitam minha poesia.

O retorno do majestoso,

toda a euforia que um poeta transpira em palavras,

quando nos encontramos, em meus sonhos,

falamos de tanta coisa,

falamos dos dias de pranto sórdido,

comentamos dos planos que se haviam se transmutado,

planejamos fugir para um novo mundo,

nosso mundo ideal.

Hoje, ela festeja mais uma conquista,

de volta ao recanto derrama sua poesia,

eterniza,

encanta.

Hoje uma a minha esperança retoma as rédeas,

acrescem-se de palavras sublimes vida,

quanto tempo levará para se tornar amor?

Quem sabe um dia,

um mês,

uma vida.

Quanto tempo cabe à esperança esperar,

um segundo bastaria e todo mundo se transformaria,

fecho os olhos e a vejo,

sorrindo, apenas,

correndo, minha paz, minha harmônia...

Em linhas que de carona na cauda do cometa se eternizam,

rimas e não rimas, diferentes, atuais, do natural à sinfonia,

da magia à alegria,

da escuridão ao iluminado dia.

E, não mais que de repente,

a poesia se torna ventania,

sopra sobre os montes,

repousa sobre a terra,

sopra do mar a maresia que acalma a esperança tardia.

Espero seus versos

espero e abraço seus abraços,

suspiro por teus beijos,

prendo-me em teus laços.

Minha esperança voltou,

está crescida,

já não é menina,

hoje fala com a potente voz de seus pensamentos,

e enche toda essa casa(recanto) de alegria.

"Sonhar é preciso

Esperar necessário..."