A SOLIDÃO DE UM ANJO

Um anjo tomado pela solidão

Aguardava sentado na escada

Que o céu se abrisse de perdão

E a aurora seduzisse a madrugada

As casas estavam vazias e claras

Numa luz amarelada sem noção

Contagiadas pelo pó da fachada

Triste vazia e apagada sem ter pão

Do alto viam-se pequenos mundos

Que rolavam sós e lentos pelo chão

Não havia mais almas para guardar

Todas estavam ausentes e carentes

Não queriam mais sentir a razão

Ruas e caminhos não se cruzavam

E as sentinelas apáticas dormitavam

Ninguém mais via o sol e a lua

Que escondiam essa verdade crua

Em dias secos e longos de arrepiar

Para que possamos voltar a amar

Livrai-nos agora dessa tristeza fria

"Anjo da Guarda nossa companhia

Guardai a nossa alma de noite e de dia"

Mongiardim Saraiva
Enviado por Mongiardim Saraiva em 19/10/2016
Código do texto: T5796700
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