DA PRIMEIRA VEZ

Estação que o incerto reina
Sombra ou sol caminha na beira
Da primeira vez que se experimenta a fruta
Da inocência que se chega culpa.

Do querer tanto que embriaga
Sem saber das gotas que desagua
Dum encanto que pode decorrer em pranto
Ou calor, amor, paixão num  canto.

Que sejam as palavras doces ao cortejar
Lembradas independentes do que possa chegar
De um instante em que se foi galante em desejo
De um suave toque de um beijo.

Dos olhares que soltam palavras
Das palavras que navegam no silêncio
Do silêncio que  se perde no tempo
Tempo  que reúne um  suave momento.

Chegue a dor se necessário for para o amor
Perigoso, ruidoso vezes saboroso
Mas que chegue mesmo se for
Limiar do adeus do que a pouco chegou.

21/09/2016
Antônio C Almeida