Noites enluaradas

Sinal de vida, sem dúvida é dívida, dádiva,

Convida aos versos tão próprio, e o nome;

Marca tatuada em palavras, sempre-viva,

Flor que natureza oferta, um ser, homem...

Uma mulher, duas criaturas abençoadas,

É chuva, caindo sobre a poesia semeada;

Sol brotando gente, e mais sensibilidade,

É cor perfumando madrugada na cidade.

E que segue calada, aos cuidados da lua,

Que vê a vida adormecida, descansando;

Na certeza de um sinal de vida, subtraindo...

Saudade, lágrimas, e a alma que antes nua,

Agora se reveste de beleza, flutua delicada,

Por entre os versos do sol poente, dourada;

Aquecida, segue, se sentindo mais amada,

Segue, olhando estrelas e noites enluaradas.